terça-feira, novembro 28, 2006

Dor agradável


Há quem sofra sem querer; há quem sofra e goste; há quem sofra e não sabe que sofre...

Ontem apercebi-me que algumas coisas que me dão prazer me causam dor. Não uma dor de tomar qualquer coisa ou de ir ao médico. Mas uma dor que vai ficando e que, com o tempo, causa nostalgia. Para ter o que tenho, vou prescindindo de sonhos, de realizações, que não são compatíveis com a vida que escolhi ter. Alguns sonhos consigo encaixá-los noutros que já conquistei. Outros sonhos vão ficando numa caixinha que existe no meu coração. Outros sonhos, ainda, vão sendo trocados ou esquecidos. Estes são os que vão causando dor.

No entanto, considero que esta dor é agradável. Porque vou-me completando com a vida que escolho viver. Vou tendo momentos de Felicidade, que me realizam enquanto pessoa que ama e que é amada. Outros momentos, menos felizes, são ultrapassados e servem de lição para o futuro.

Não existem pessoas que são sempre felizes. E se pensam que o são, ainda bem para elas.

Há quem escolha pequenas coisas pelo prazer imediato que lhes dão e que, sem se aperceber, perdem grandes coisas que estão mesmo ali ao lado. Talvez bastasse esperar um pouquito mais.

Do fundo do meu coração, desejo a todos os que lerem este desabafo muitos momentos de Felicidade...

quinta-feira, novembro 16, 2006

Fazer o bem sem olhar a quem

Recebi um email, para reenviar, com o pedido de doar sangue, neste caso tipo B-. Não é o meu. Mas reenviei mensagem.
Doar, para mim, é um acto de amor. Não custa nada. Há quem o faça uma vida inteira. Talvez custe ver a agulha. Custa de certeza, bem mais, sofrer uma doença e ficar dependente da vontade de doar... Todos nós podemos sofrer um acidente e ficar dependente da vontade alheia.
Um dia alguém, que já me foi mais próximo, necessitou de receber uma transfusão sanguínea. Talvez a maneira como pediram a amigos e familiares a dádiva não fosse a melhor, mas causou impacto. Todos doaram sangue. Uns ficaram pálidos, mas aguentaram-se. Essa pessoa salvou-se. Não terá sido pelo que os amigos e familiares fizeram, pois acredito que o sangue tenha sido analisado antes de ir para alguém. O que ela recebeu terá sido de anónimos que já tinham doado, ainda que não soubessem para quem se destinava. O dos amigos e familiares serviu para repor o utilizado.
Além do sangue, também se pode doar medula, muito mais doloroso, mas quem dela necessita também sofre bem mais... Há mulheres que fazem doação de óvulos, (polémica), doloroso para quem doa e para quem recebe, mas a alegria do sonho concretizado, que vem nove meses depois, supera todas as dores...
Alguém disse: «Não dês o que te pedem, mas o que achas que precisam; e suporta depois a ingratidão.» É triste mas acontece.

terça-feira, novembro 14, 2006

Sorriso triste num rosto lindo

Tenho guardado um sorriso triste que encontrei hoje num rosto lindo e meu amigo.
O que esconde esse sorriso? Não sei. Posso imaginar sonhos desfeitos, pensamentos negativos, promessas esquecidas, desilusões profissionais, acidente, doença, morte... Tudo o que não é bom!
Mas a vida continua. É preciso encontrar alternativas e batalhar. É preciso acreditar e encontrar alento para prosseguir o caminho. Nem sempre é justo. Nem sempre é esperado. Acontece a todos. Dá calo para enfrentar a vida.
Como amiga, ponho a disposição o meu ombro para qualquer apoio...
Contem comigo que eu sei com quem contar.
"Para vermos o arco-íris temos que esperar que passe a tempestade!", é uma máxima que li há muitos anos e que me acompanha sempre. Que sirva também para ti, caro rosto amigo que trazias sorriso tão triste.

quinta-feira, novembro 09, 2006

DAR humor

Existem pequenas coisas que me dão prazer e me deixam, logicamente, bem disposta. Por exemplo: deitar numa cama feita de lavado; um bom banho de água quentinha; um bom petisco; um sorriso; um mimo; uma anedota... como esta, deliciosa, e que me foi contada por uma amiga:
«Uma professora universitária acabava de dar as últimas orientações aos alunos acerca do exame que ocorreria no dia seguinte. Finalizou alertando que não haveria desculpas para a falta de nenhum aluno, com excepção de um grave ferimento, doença ou a morte de algum parente próximo.
Um engraçadinho, que estava sentado no fundo da sala, perguntou, com aquele velho ar de cinismo: "De entre esses motivos justificados, podemos incluir o de extremo cansaço por actividade sexual??"
A classe explodiu em gargalhadas, com a professora a aguardar pacientemente que o silêncio fosse estabelecido. Assim que isso aconteceu, ela olhou para o palhaço e respondeu:
"- Isso não é um motivo justificado." - e continuou serenamente - "Como o Exame será de escolha múltipla, você pode vir para a sala e escrever com a outra mão... Ou se não se puder sentar, pode responder de pé."» Obrigada CJ

Ah! Os outros prazeres têm de vir de coisas grandes...

quarta-feira, novembro 08, 2006

Estou de volta

Estou de volta!
Estive ausente porque fiquei sem telefone e internet em casa. Culpa das trovoadas. Tudo solucionado. Fui a espaços net mas lá só faço consultas rápidas. Agora estou confortavelmente em casa.

Entretanto tanta coisa aconteceu! Cheias em Tomar. Estradas cortadas. Fui tia de novo. De uma menina. Linda. Pequenina. Rosadinha. Calminha. Comilona. Os dois irmãos estão felizes... E vou ser tia outra vez, disse-me a irmã... Tantas criancinhas numa família que é um clã. Daqueles que eu gosto e que faço questão em preservar. Partilhamos alegrias e tristezas. Estamos juntos nas horas importantes. Aceitamos as diferenças. Apoiamos decisões. Aconselhamos sem impor. Sabemos com quem podemos contar. Quem me conhece, já viu. Para mim, o núcleo familiar não é só quem faz parte do meu IRS... (A esses dedico mais tempo, claro.) É mais. Muito mais. Nunca me ouviram falar mal do meu clã. Fazem disparates. Pensam de maneira diferente. Têm gostos e hábitos diferentes. Mas são tudo para mim. Defendo-os. Não esqueço um pequenino comentário que alguém lhes faça. Tenho-os bem guardado, aos comentários, claro. São pessoas de bem. Acho que é o fundamental.
Obrigada por existirem.